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segunda-feira, 31 de maio de 2010

História da Psicologia no Brasil

A História da Psicologia no Brasil é baseada numa “abordagem social”, possibilitando a apreensão do diálogo entre a Psicologia e a formação social, considerando o conhecimento como produto fundamentalmente histórico e social. Buscou – se compreender como a Psicologia conquistou seu espaço próprio como área de conhecimento e campo de práticas no Brasil, atingindo sua autonomia e reconhecimento como ciência específica, em conseqüência da produção de idéias e práticas psicológicas no interior de outras áreas do saber. Assim, o foco desta obra incide de maneira mais privilegiada no período que vai da última década do século XIX à terceira década do século XX; período de grandes transformações sociais, econômicas e políticas no Brasil e, particularmente, de significativa produção cultural.
A profissão do psicólogo no Brasil teve inicio com a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia em 1833 e até o final do século XIX, não havia nenhuma sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico.
A psicologia não era incipiente. As associações profissionais e de pesquisa não foram identificados o que existia eram pessoas interessadas, curiosos dos temas e questões psicológicas, portanto, não havia a profissão de psicologia no Brasil durante o século XIX. Sendo este período denominado pré-profissional.
A psicologia foi iniciada como ciência há cerca de 100 anos, sendo a sua regulamentação, como profissão no Brasil, somente em 27 de agosto de 1962 perante a LEI: 4.119: dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.
Com a vinda do golpe militar de 1964 e com a instalação de seu regime repressivo, a perspectiva da psicologia e as suas conquistas foram reprimidas. O currículo do curso sofreu várias mudanças pelo Ministro da Educação.
Segundo Carpigiani (2000, p.97),
“Ocorreram mudanças enormes nos últimos anos no Brasil e no mundo, no que se refere aos aspectos: cultural, social, político, ideológico, dentre outros, hoje requerem a intervenção da psicologia com tais mudanças nova paradigmas surgiram”.
O período da profissionalização é compreendido entre 1890/1906 e 1975.Abordando desde a gênese da institucionalização da prática psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais que teve várias discussões sobre essa nova profissão e apartir daí, um novo rumo começou a ser delineado.
Após a inauguração dos laboratórios de psicologia experimental na educação (1906), e a criação do código de ética (1975) a psicologia passa a ter um conhecimento próprio tornando-se detentora de um determinado mercado de trabalho, ainda que compreendido entre a medicina e a educação.
Das Instituições citadas, tiveram grande importância as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Nessas escolas sobressaem-se especialmente as teses de doutoramento, muitas das quais abordando assuntos de interesse psicológico e consistindo em importantes fontes de produção sobre fenômenos psíquicos do século XX.


História da Psicologia na Bahia


O espaço da psicologia na Bahia era ocupado por curiosos, charlatães e profissionais improvisados advindos de outras áreas. A ausência de profissionais especializados em psicologia era grande e a sua necessidade sentida nos hospitais psiquiátricos, nas escolas e na administração pública. Nacionalmente o panorama era semelhante.
Na Bahia, Nina Rodrigues (1939) aplicou o paradigma ao contexto social no final do século XIX produzindo conhecimentos sobre aspectos do ambiente cultural, de tipos humanos, do comportamento de grupos e de pessoas.
Rodrigues delegou o retrocesso econômico da Bahia á predominância da raça negra e aos mestiços, que, com suas doenças, costumes e religião, influenciavam a população. E concluiu que tanto a decadência do estado quanto o caráter epidêmico da doença conformavam uma enfermidade decorrente de uma e patológicas. A descrição antropológica que daria sustentação á sua análise de movimentos sociais.
Nina se inspirava na produção científica de europeus que tornava patológicos os conflitos da vida cotidiana, situou os seus estudos sobre movimentos de massa como constitutivo da psicologia social. Em 1975 a profissão psicóloga passou a estar organizada e estabelecida. Sofrendo alterações socioeconômicas. Com formação referente a três grandes áreas como: Clínica, Escolar, Organizacional. Porém existe um leque de possibilidades de atuação profissional como: Psicologia hospitalar, a criminal, a jurídica, a forense, a institucional, a social e saúde pública entre outras. Predisposição vesânica ou neuropática, transmitida pelo contágio por imitação, o qual operava em um meio caracterizado por circunstâncias múltiplas: meteorológicas, étnicas, político-sociais.



Referências:
Pereira, Fernanda Martins, Psicologia em estudo, Maringá, n° 2,pg.19-23,2003;
Brasil, lei n°4.119 de 27 de agosto de 1962;
Decreto, lei n°. 53.464 de 21 de janeiro de 1964;
Conselho federal de psicologia, (1988),Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo.

Um comentário:

  1. Quem conhece a psicologia, sabe a importância de suas origens. É sempre bom relembrar os fatos.

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