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DIEGO BRITTO LELIANE FRANCINE LUSILENE CRUZ VANESSA DAMASCENO VERÔNICA SILVA

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Introdução Relátorio Estatístico

A estatística é uma ferramenta poderosa a serviço das ciências, entre elas a psicologia. Representar os fenômenos psicológicos por meio da linguagem matemática é uma estratégia que tem se mostrado útil para o avanço do conhecimento científico em psicologia, por viabilizar operações sofisticadas e alto grau de objetividade. É assim que ciência que a psicologia têm se beneficiado de consideráveis desenvolvimentos e de aumento de credibilidade pública com a sua utilização, é uma ferramenta que gera diagnósticos. Baseado nestes diagnósticos é que profissionais tomam decisões.

O presente trabalho é um relatório estatístico de uma pesquisa que realizamos sobre as publicações realizadas no período de 1930 a 1990 das seguinte correntes psicológicas: Social, Behaviorismo e Psicanálise.


Dados estatísticos das publicações realizadas nos período de 1930 a 1990

segunda-feira, 31 de maio de 2010

História da Psicologia no Brasil

A História da Psicologia no Brasil é baseada numa “abordagem social”, possibilitando a apreensão do diálogo entre a Psicologia e a formação social, considerando o conhecimento como produto fundamentalmente histórico e social. Buscou – se compreender como a Psicologia conquistou seu espaço próprio como área de conhecimento e campo de práticas no Brasil, atingindo sua autonomia e reconhecimento como ciência específica, em conseqüência da produção de idéias e práticas psicológicas no interior de outras áreas do saber. Assim, o foco desta obra incide de maneira mais privilegiada no período que vai da última década do século XIX à terceira década do século XX; período de grandes transformações sociais, econômicas e políticas no Brasil e, particularmente, de significativa produção cultural.
A profissão do psicólogo no Brasil teve inicio com a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia em 1833 e até o final do século XIX, não havia nenhuma sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico.
A psicologia não era incipiente. As associações profissionais e de pesquisa não foram identificados o que existia eram pessoas interessadas, curiosos dos temas e questões psicológicas, portanto, não havia a profissão de psicologia no Brasil durante o século XIX. Sendo este período denominado pré-profissional.
A psicologia foi iniciada como ciência há cerca de 100 anos, sendo a sua regulamentação, como profissão no Brasil, somente em 27 de agosto de 1962 perante a LEI: 4.119: dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.
Com a vinda do golpe militar de 1964 e com a instalação de seu regime repressivo, a perspectiva da psicologia e as suas conquistas foram reprimidas. O currículo do curso sofreu várias mudanças pelo Ministro da Educação.
Segundo Carpigiani (2000, p.97),
“Ocorreram mudanças enormes nos últimos anos no Brasil e no mundo, no que se refere aos aspectos: cultural, social, político, ideológico, dentre outros, hoje requerem a intervenção da psicologia com tais mudanças nova paradigmas surgiram”.
O período da profissionalização é compreendido entre 1890/1906 e 1975.Abordando desde a gênese da institucionalização da prática psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais que teve várias discussões sobre essa nova profissão e apartir daí, um novo rumo começou a ser delineado.
Após a inauguração dos laboratórios de psicologia experimental na educação (1906), e a criação do código de ética (1975) a psicologia passa a ter um conhecimento próprio tornando-se detentora de um determinado mercado de trabalho, ainda que compreendido entre a medicina e a educação.
Das Instituições citadas, tiveram grande importância as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Nessas escolas sobressaem-se especialmente as teses de doutoramento, muitas das quais abordando assuntos de interesse psicológico e consistindo em importantes fontes de produção sobre fenômenos psíquicos do século XX.


História da Psicologia na Bahia


O espaço da psicologia na Bahia era ocupado por curiosos, charlatães e profissionais improvisados advindos de outras áreas. A ausência de profissionais especializados em psicologia era grande e a sua necessidade sentida nos hospitais psiquiátricos, nas escolas e na administração pública. Nacionalmente o panorama era semelhante.
Na Bahia, Nina Rodrigues (1939) aplicou o paradigma ao contexto social no final do século XIX produzindo conhecimentos sobre aspectos do ambiente cultural, de tipos humanos, do comportamento de grupos e de pessoas.
Rodrigues delegou o retrocesso econômico da Bahia á predominância da raça negra e aos mestiços, que, com suas doenças, costumes e religião, influenciavam a população. E concluiu que tanto a decadência do estado quanto o caráter epidêmico da doença conformavam uma enfermidade decorrente de uma e patológicas. A descrição antropológica que daria sustentação á sua análise de movimentos sociais.
Nina se inspirava na produção científica de europeus que tornava patológicos os conflitos da vida cotidiana, situou os seus estudos sobre movimentos de massa como constitutivo da psicologia social. Em 1975 a profissão psicóloga passou a estar organizada e estabelecida. Sofrendo alterações socioeconômicas. Com formação referente a três grandes áreas como: Clínica, Escolar, Organizacional. Porém existe um leque de possibilidades de atuação profissional como: Psicologia hospitalar, a criminal, a jurídica, a forense, a institucional, a social e saúde pública entre outras. Predisposição vesânica ou neuropática, transmitida pelo contágio por imitação, o qual operava em um meio caracterizado por circunstâncias múltiplas: meteorológicas, étnicas, político-sociais.



Referências:
Pereira, Fernanda Martins, Psicologia em estudo, Maringá, n° 2,pg.19-23,2003;
Brasil, lei n°4.119 de 27 de agosto de 1962;
Decreto, lei n°. 53.464 de 21 de janeiro de 1964;
Conselho federal de psicologia, (1988),Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Síntese Reforma Psiquiátrica

O presente trabalho trata-se de uma síntese sobre os pressupostos da reforma psiquiátrica, elaborada a partir de pesquisas bibliográficas e entrevistas com profissionais da área, solicitada pelo professor Rafael Leite da disciplina Neurociências I do curso de Psicologia.
A psiquiatria tradicional considerava o louco como um alienado, que não possuía razão. Nesse processo a loucura se enquadra como objeto científico, passando a ser reduzida a uma doença, necessitando, portanto, de uma intervenção médica, assim a loucura como “alienação da razão” justificava práticas de confinamento em manicômios, como forma de tratamento.
Estes confinamentos “princípios de isolamento” lotavam as cidades, onde sobre o louco era exercida ações violentas de abandono e a construção do louco como um ser perigoso e incapaz, portanto, que deveria ficar longe da sociedade.
A partir do início da segunda metade do século XX, impulsionado por Franco Basaglia, iniciou-se uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. Esse movimento ficou conhecido como reforma psiquiátrica e iniciou-se na Itália repercute por todo mundo, inclusive no Brasil.
A reforma psiquiátrica tem como pressupostos a desinstitucionalização, a humanização na prática médica e dos serviços assistenciais focada na reabilitação e na inclusão social dos portadores de transtornos mentais.
De acordo com nossas pesquisas houve realmente uma mudança no tratamento dos portadores de transtornos mentais. O aumento dos conhecimentos científicos sobre as doenças mentais, a elaboração de medicações mais modernas e práticas terapêuticas que consideram as peculiaridades do indivíduo, provocaram uma evolução no tratamento e um olhar mais humanizado sobre tal público.
Houve de fato um fechamento da maioria dos hospitais psiquiátricos de grande porte e para substituí-los, foram criados serviços como CAPS, programa de volta para casa e as residências terapêuticas.
O programa de volta para casa, considerado pelo governo como um dos principais instrumentos para a reintegração social das pessoas com longo período de internação, através do pagamento de um auxílio-reabilitação. No entanto o processo para cadastramento é muito burocrático e por falta de documentos a grande maioria dos pacientes não recebem o benefício.
Os CAPS (Centro de assistência psicossocial) é o serviço que tem mais valor estratégico para a reforma, pois com o fechamento dos hospitais psiquiátricos, os pacientes passaram a ser tratado nos CAPS. O CAPS não tem só uma função de substituir, mas também de ser um centro de interação com a comunidade. Segundo a profissional por nós entrevistada, que trabalha em um CAPS de Salvador a interação com a comunidade ocorre através de feiras de saúdes que acontecem no bairro onde o CAPS está localizado para tirar dúvidas sobre os serviços oferecidos e onde alguns dos trabalhos artesanais feitos nas oficinas pelos pacientes são expostos. São feitas reuniões nas casas dos usuários dos serviços do CAPS onde são convidados membros da comunidade local para discussões a respeito de saúde mental. Além de um grupo de funcionários que cuidam das famílias dando todo suporte.
A mudança do modelo assistencial e a conseqüente inversão das prioridades de financiamento segundo o governo foram acompanhadas por um aumento dos recursos financeiros destinados a saúde mental. Porém, na prática os recursos recebidos são visivelmente precários, faltam espaços físicos mais adequados para a realização das oficinas, grupos e atendimentos necessários.
As residências terapêuticas são casas localizadas no espaço urbano para garantir o direito de moradia dos portadores de transtornos mentais, que não possuem onde morar, que não foram acolhidos por sua família, ou para os pacientes que estão em tratamento e foram deslocados de cidades onde não possuem os serviços. De acordo com o programa do governo deve existir uma residência terapêutica próximo a cada CAPS. Mas, em Salvador só existem 4 residências terapêuticas, número insuficiente para atender a demanda dos pacientes.
De acordo com nossa pesquisa nos últimos anos vem ocorrendo uma valorização, por mérito, de diversas expressões culturais e artísticas de portadores de transtornos mentais. Em todo país, é possível encontrar artistas usuários dos CAPS produzindo, pintando, gravando, escrevendo, expondo e se expondo, orgulhosos de seus dons e valores, isso é importante para acabar com o preconceito e mostrar que eles são capazes de produzir. Muitos deles, vendem suas telas, livros e CD´s, participando do mercado de compra e vende arte. Nos CAPS são trabalhados em todos os momentos as potencialidades e possibilidades de atuação no meio em que vivem, funcionando realmente como centro de interação com a sociedade.
Com base em nossas pesquisas e entrevistas, podemos observar que muitas coisas mudaram após a reforma psiquiátrica, com a criação do CAPS foi possível comprovar que é possível substituir os hospitais psiquiátricos no tratamento dos pacientes. No entanto os recursos financeiros destinados à saúde mental não são suficientes, é preciso implantar mais CAPS por todo país, pois, existem muitas cidades que não dispõe do serviço, ampliar a quantidade das residências terapêuticas, fazer com que realmente seja colocado em prática o de Volta para casa e todos os demais programas do governo.
Outro importante desafio da reforma é a formação de recursos humanos para a construção de um novo sistema de atenção à saúde mental. Muitos trabalhadores da área encontram-se desmotivados pelos baixos salários ou atuam com vínculos empregatícios provisórios o que de certa forma contribui para uma rotatividade no serviço. È preciso ampliar os recursos financeiros, investir em qualificação dos profissionais afim de garantir um atendimento eficiente para os portadores de transtornos mentais.
Assim podemos concluir que a reforma caminha, só que a passos lentos diante da necessidade que a sociedade possui, por isso, é fundamental que exista um maior compromisso dos nossos governantes com a saúde mental em nosso país, seriedade e respeito aos usuários dos serviços, para que, de fato, haja uma consolidação da reforma psiquiátrica em nosso país.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Resenha do Filme O Nome da Rosa

Faculdade Castro Alves
Disciplina: Fundamentos Filosóficos e Epistemológicos da Psicologia
Docente: Rita Rapold
Turma: 1º semestre Noturno
Discentes: Diego Brito, Jamille Abreu, Jamille Silva, Leliane Francine, Lusilene Cruz, Vanessa Damasceno, Verônica Silva.


O Nome da Rosa


Nome origial: Der name der rose
Gênero: romance/suspense
Duração: 130 minutos
Ano de lançamento (na Alemanha): 1986
Direção: Jean Jacques Annaud

É um filme de baseado na obra do escritor italiano Humberto Eco que possui o mesmo título, tem a direção de Jean-Facques Annaud. A história acontece em um mosteiro beneditino na Idade Média no ano 1327 e descreve a rotina e os costumes da vida religiosa nesse mosteiro. Além de uma série de mortes de monges que começam a ocorrer nesse local, todas as vítimas tinham a língua e os dedos roxos. Para investigar esses crimes chega o frei William de Baskerville junto com seu noviço Adson, que descobrem uma biblioteca no mosteiro que reunia um grande acervos de livros. Para chegar até a biblioteca tinha que passar por um labirinto, por isso, poucos tinham acesso.
Nesse contexto chega o Inquisidor Bernardo Gui decidido a punir qualquer tipo de heresia contra a Igreja instaurando o tribunal da santa Inquisição. Porém graças a persistência do frei William e seu auxiliar Adson descobrem o verdadeiro motivo do crime que está relacionado com as obras escondidas na biblioteca que segundo a Igreja Católica eram heresias.
O filme ainda relata muitos escândalos que ocorriam na época, como a de uma moça que em troca de alimentos mantém relações sexuais com os monges, homossexualismo entre os clérigos, a desigualdade social, os restos de comidas do mosteiro eram jogados aos pobres, revelando a situação da igreja rica, com fartura e a população vivendo na miséria, a privação do conhecimento ocultando os livros considerados impróprios e as torturas e mortes do tribunal da santa Inquisição.
A baixa Idade Média é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa. Ocorrem assim, nesse período, transformações econômicas, social com a aliança dos burgueses ao rei, política, e até religiosas, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517.
O ano de 1937 onde ocorre o filme é retomado o pensamento de Santo Agostinho que estabelece a relação entre cristianismo, filosofia e a ciência dos antigos, partindo da idéia de que os cristãos podem retirar da filosofia pagã grega o que for importante para o desenvolvimento da fé cristã , contanto que seja compatível com a fé. Por causa desses ensinamentos e das idéias de Aristóteles contidas no livro que eram consideradas impróprias para época segundo a Igreja e podiam ameaçar o seu domínio.
O filme é muito interessante e através do mistério das investigações consegue prender a atenção dos telespectadores, os cenários e os figurinos nos levam a uma viagem a Idade média, portanto é um importante instrumento para compreensão dos fatos ocorridos em uma época tão importante da nossa história.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nós que aqui estamos por vós esperamos

TÍTULO DO FILME: NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS (Brasil, 1998)
DIREÇÃO:Marcelo Masagão, responsável também pela produção, pesquisa e edição do filme
ELENCO: não possui, utilizando-se apenas de imagens; 55 min.
MÚSICA: Win Mestens
CONSULTORIA DE HISTÓRIA: José Eduardo Valadares e Nicolau Sevcenko
CONSULTORIA DE PSICANÁLISE: Andréa Meneses Masagão e Heidi Tabacov

Histórico

Com uma visão humanista, as ilusões do homem do século XX são retratadas, em meio ao desenvolvimento tecnológico, guerras e tragédias.
O mundo e o homem do século XX, antes, durante e pós-guerra fria: guerras, revoluções, golpes, ditaduras, nacionalismos e movimentos sociais.
Leitura cinematográfica da obra Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a produção mostra, através da montagem das imagens produzidas no século XX e da música composta por Wim Mertens, o período de contrastes entre um mundo que se envolve em dois grandes conflitos internacionais, a banalização da violência, o desenvolvimento tecnológico, a esperança e a loucura das pessoas.
O título do filme vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase.
Foi premiado no Festival de Gramado em 2000 por sua montagem[1] e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem. Sua produção custou cerca de 140 mil reais, sendo 80 mil direcionados somente para o pagamento de direitos autorais de imagens e fragmentos de vídeos.

A história se pulveriza numa miríade de registros e o inconsciente aflora, magnificado pela potência das novas fontes de estimulação sensorial, bem como pelo choque traumático das forças destrutivas deslaçadas sobre a humanidade.

Trechos do filme:

“Há três tipos de déspotas:
O que tiraniza o corpo: O Príncipe;
O que tiraniza a alma: O Papa;
E o que tiraniza o corpo e a alma: O Povo”



Relembra a queda do Muro de Berlim, a violenta Revolução Cultural na China dos anos 70, sob os pés de Mão Tsé-Tung; a extração aurífera em Serra Pelada, no Brasil; a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, e o inevitável desemprego da população, a fome, a perda da dignidade e a inutilidade dos diplomas dos letrados da época.

A dissipação de famílias e sonhos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, devastadas pelas bombas atômicas; cita intelectuais, cientistas, escritores subversivos que tiveram seus livros queimados em praça pública por soldados nazistas.

A solidão e a injustiça das guerras. Traumas, humilhações, desespero, protestos, suicídios e ilusões.
É possivelmente um dos melhores filmes de todos os tempos.Exatamente pela sua capacidade de passar a mensagem com cenas impressionantes de um século XX revigorante e cruel ao mesmo tempo.



"Nós que aqui estamos por vós esperamos", e um dia também esperaremos nós, e que sejamos lembrados por aquilo que fizemos!